Diferenças entre:
SURDOCEGUEIRA e DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
Semelhanças nas estratégias de Ensino
SURDOCEGUEIRA
É a incapacidade total ou parcial de audição e visão, simultaneamente.
Assim como no caso da surdez, a surdocegueira
pode ser identificada com a cultura das pessoas que pertencem a este
grupo.
Em
termos de senso comum, ao falar de alguém surdocego, lembramos Helen Keller e sua professora Anne Sullivan,
como história de sucesso ao desafio de viver sem visão e audição.
A
maior parte das pessoas com surdocegueira têm ainda limitações noutros
domínios.
A
SURDOCEGUEIRA PODE SER:
· Congênita
· Adquirida
CONGÊNITA: Denomina-se
surdocego congênito quem nasce com esta única deficiência, como por exemplo
pela rubéola adquirida no ventre da mãe.
ADQUIRIDA: A surdocegueira
adquirida é quando a pessoa nasce ouvinte, vidente, surda ou cega e adquire,
por diferentes fatores, a surdocegueira.
DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
É a ocorrência
de duas ou mais deficiências simultaneamente – sejam deficiências intelectuais,
físicas ou ambas combinadas. Não existem estudos que comprovem quais são as
mais recorrentes.
As
causas podem ser pré-natais, por má-formação congênita e por infecções virais
como rubéola ou doenças sexualmente transmissíveis, que também podem causar
deficiência múltipla em indivíduos adultos, se não tratadas.
Segundo
a Associação Brasileira de Pais e Amigos dos Surdo-cegos e dos Múltiplos
Deficientes Sensoriais (Abrapacem), o modo como cada deficiência afetará o
aprendizado de tarefas simples e o desenvolvimento da comunicação do indivíduo
varia de acordo com o grau de comprometimento propiciado pelas deficiências,
associado aos estímulos que essa pessoa vai receber ao longo da vida.
ESTRATÉGIAS
DE ENSINO
Analisando as necessidades de uma pessoa com deficiência múltipla e as consequências
que a falta de comunicação pode trazer a abordagem educacional deve ter
estratégias planejadas de forma sistemática, num modelo de colaboração
na qual a comunicação seja
a prioridade central.
Nas crianças com surdocegueira e com
deficiência múltipla, a comuniciação é o aspecto mais importante e, por isto, deve-se focar
nele toda a atenção na implementação do programa educacional/terapêutico, já
que é o ponto de partida para chegar a qualquer aprendizagem.
É necessário organizar o mundo da pessoa por meio do estabelecimento de
rotinas claras e uma comunicação adequada. É preciso desenvolver atividades de
maneira multisensorial para garantir aproveitamento de todos os sentidos e que
sejam atividades que proporcionem uma aprendizagem significativa com
oportunidades de generalizar para outros ambientes e pessoas (atividade
funcional).
A pessoa com deficiência múltipla necessita de um ambiente reativo, isto
é, que responda a suas iniciativas. Seu tempo de resposta deve ser respeitado e
a habilidades de fazer escolhas deve estar dentro de suas atividades
programadas.