Módulo: Deficiência
Visual - DV
Cursista: Ellen
Simey da Silva Tavares
Turma:
T29a
Data: 01/12/13
Descrição e Audiodescrição
É
o recurso que permite a inclusão de pessoas com deficiência visual em cinema,
teatro e programas de televisão. No Brasil, segundo dados do IBGE, existem
aproximadamente 16,5 milhões de pessoas com deficiência visual total e parcial,
que encontram-se excluídos da experiência audiovisual e cênica.
A acessibilidade nos meios de comunicação é um tema que está em pauta no mundo
todo. Os esforços neste sentido visam não apenas proporcionar o acesso a
produtos culturais a uma parcela da população que se encontra excluída, como
também estabelecer um novo patamar de igualdade baseado na valorização da
diversidade.
Como
Fazemos
Diferentes
ferramentas técnicas são utilizadas dependendo do suporte em que estamos
trabalhando. Para filmes, séries, novelas ou documentários, os suportes atuais
são o cinema, a televisão e o DVD.
Em
produtos audiovisuais, a audiodescrição é adicionada em um segundo canal de
áudio. No caso da televisão, através de um canal que disponibilize esta banda
extra de áudio, geralmente acionada pela tecla SAP (Programa Secundário de
Áudio) dos televisores.
Para
peças de teatro, o suporte é o próprio espetáculo e neste caso só é possível
que seja feita ao vivo.
A audiodescrição pode ser:
Audiodescrição gravada
Para a produção da audiodescrição gravada, o processo se dá nas seguintes etapas:
·
Estudo e Roteiro: Um audiodescritor-roteirista especializado estuda a obra a ser
descrita e produz um roteiro com os textos a serem narrados. A criação do
roteiro é um trabalho delicado e subjetivo, que deve seguir padrões e técnicas
internacionais estabelecidas em países onde a audiodescrição já está
normatizada. As falas audiodescritas acontecem entre falas do áudio do filme,
então, para que haja no roteiro a indicação exata de onde cada fala deve ser
encaixada no áudio original do filme, é necessário que o audiodescritor
trabalhe a partir de uma cópia do filme com Time Code aparente (referência de
tempo que sincroniza áudio e vídeo). Se o roteiro for realizado por mais de um
audiodescritor-roteirista (caso de trabalho realizado com prazo curto), um
revisor especializado deverá uniformizar a linguagem e o vocabulário;
·
Ensaios e ajustes: Depois
do roteiro pronto, o ator-audiodescritor deverá ensaiar a colocação das falas
narradas nos locais previamente escolhidos. Este é o momento onde ocorrem
pequenos ajustes de tempo ou a troca de uma palavra por outra para que a
descrição fique adequada.
·
Gravação: Com o roteiro pronto e já
tendo ensaiado, o ator-audiodescitor entra em estúdio, acompanhado de um
diretor de gravação e do técnico em gravação, para executar a gravação das
descrições contidas no roteiro.
·
Sincronização: O
arquivo de áudio extra, contendo a audiodescrição, é editado e mixado na banda
sonora original do filme ou programa, no caso da televisão e do DVD, e por meio
de um canal extra de áudio. No caso do cinema, o arquivo de som é transmitido
para fones de ouvido, para que essas informações complementem o som original do
filme.
BRASIL. Nota
Técnica, Nº. 21. Orientações para descrição de imagem na geração de material
digital acessível – Mecdaisy. MEC/SECADI/DPEE, 2012. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=10538&Itemid=. Acesso em 01/11/2013.